Produtividade da alface (Lactuca sativa L.) em resposta à aplicação de ácidos húmicos e bactérias diazotróficas

Produtividade da alface (Lactuca sativa L.) em resposta à aplicação de ácidos húmicos e bactérias diazotróficas

Do artigo “Produtividade da alface (Lactuca sativa L.) em resposta à aplicação de ácidos húmicos e bactérias diazotróficas, em condições de campo“, de Ana Flávia Mairinck Meirelles, Marihus Altoé Baldotto, e Lílian Estrela Borges Baldotto, publicado na Revista Ceres.

Ufals
Alface

A alface é uma das hortaliças folhosas mais consumidas, gerando grande demanda por seu cultivo. É cultura exigente em nutrientes e requer solo rico em matéria orgânica para obtenção de produtividade elevada, com necessidade de aplicação de grandes doses de compostos orgânicos, onerando os custos da produção. Dessa forma, a adubação pode ser mais bem aproveitada com utilização de bioestimulantes que permitem maior absorção pela planta dos nutrientes presentes nos compostos orgânicos e no solo.
Ácidos húmicos (AH) e bactérias diazotróficas (B) apresentam hormônios vegetais, como auxinas, que promovem alongamento celular, aumento das raízes e da absorção de nutrientes, levando ao crescimento e desenvolvimento das plantas. Por essas características, podem ser utilizados como bioestimulantes na promoção da produtividade da alface.

Substâncias húmicas, incluindo ácidos húmicos (AH), apresentam propriedade recalcitrante, o que diminui a rápida decomposição dos compostos orgânicos pelo solo. Ácidos húmicos e bactérias promotoras de crescimento são bioestimulantes e propiciam aumento da produtividade vegetal por intensificarem o crescimento e o desenvolvimento das plantas. A aplicação de AH induz a formação de raízes laterais nas plantas, promove aumento da atividade e da quantidade de bombas de prótons nas membranas biológicas, tornando-as mais eficientes energeticamente e no transporte de nutrientes.

Bactérias diazotróficas (B) têm grande potencial como bioestimulantes. Essas bactérias apresentam fitormônios que estimulam o crescimento e desenvolvimento vegetal. Essas propriedades dos AH e das bactérias diazotróficas podem possibilitar desenvolvimento mais rápido e maior produtividade das plantas, reduzindo custos com adubação e o tempo de produção dos cultivos. Experimentos conduzidos em casa de vegetação comprovam essa eficiência no cultivo de milho, abacaxi (Baldotto et al., 2010) e tomate. Contudo, quantidade menor de trabalhos foi realizada sob condições de campo, sendo importante tornar acessível e validar essa tecnologia nessas situações. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade da alface em resposta à aplicação de ácidos húmicos e bactérias diazotróficas sob condições de cultivo em campo.

O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade da alface em resposta à aplicação de ácidos húmicos e bactérias diazotróficas, em condições de campo.

Os ácidos húmicos foram isolados de esterco bovino e as bactérias usadas foram provenientes da coleção de bactérias do Setor de Floricultura da Universidade Federal de Viçosa – Campus Florestal, extraídas de orquídeas Cymbidium sp.

O experimento foi realizado em condições de campo, com o cv. Vanda e os tratamentos usados foram controle (cultivo convencional do produtor), aplicação isolada de ácido húmico e bactéria e aplicação combinada de ácido húmico+bactéria. O delineamento adotado foi em blocos casualizados, com cinco repetições. A aplicação dos bioestimulantes foi realizada logo após o transplantio.

Foram avaliados atributos fitotécnicos da parte aérea das plantas. Concluiu-se que os tratamentos utilizados, principalmente a combinação AH+B, aumentaram a produtividade da alface.


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