Do artigo “Níveis de salinidade e manejo da fertirrigação sobre características da berinjela cultivada em ambiente protegido“, de Everaldo Moreira da Silva, Carlos José Gonçalves de Souza Lima ,Sergio Nascimento Duarte, Fernando da Silva Barbosa, Rafael Maschio, publicado no Revista Ciência Agronômica
Objetivou-se estudar os efeitos de diferentes níveis de salinidade do solo sobre as variáveis fenológicas e de produção da berinjela, cultivada em vasos e em ambiente protegido. O estudo foi conduzido na área experimental do Departamento de Engenharia de Biossistemas da ESALQ/USP, Piracicaba, SP.
Os tratamentos foram compostos da combinação de dois fatores: 6 níveis de salinidade inicial do solo:
- S1 = 1,3 dS/m
- S2 = 2,4 dS/m
- S3 = 3,6 dS/m
- S4 = 4,5 dS/m
- S5 = 5,6 dS/m
- S6 = 6,4 dS/m
e dois manejos de fertirrigação:
- com controle da condutividade elétrica da solução do solo (M1)
- tradicional (M2)
obedecendo a curva de absorção de nutrientes da cultura. O delineamento estatístico adotado foi o de blocos casualizados completos, com quatro repetições, arranjados no esquema fatorial 6 x 2.
Os resultados revelaram que os níveis de salinidade do solo afetaram diretamente as variáveis, produção de matéria seca, produção de frutos e índice de área foliar das plantas.
- Os níveis mais elevados de salinidade do solo, proporcionados pela adição de sais fertilizantes afetaram o índice de área foliar e as massas secas de hastes, folhas e raízes;
- Os níveis iniciais de salinidade do solo, provocados pela aplicação excessiva de adubos em cultivos anteriores, afetaram a produção e os componentes da produção para a cultura da berinjela;
- Não foi possível detectar diferenças significativas na produtividade da berinjela que pudessem ser atribuídas aos dois tipos de manejo de fertirrigação utilizados;
- A redução na produção da cultura da berinjela em estufa foi em média de 8,65% por incremento de 1 dS/m na salinidade do solo, acima da salinidade limiar, que foi de 1,71 dS/m.